quinta-feira, 6 de maio de 2010

Residência em Terra Una – Prêmio Interações Florestais – conexão artes visuais Serra da Mantiqueira – MG

hominidae na mata atlântica

Depois das intervenções em centros urbanos, Curitiba PR e Uberlândia MG, o trabalho se estende à residência em Terra Una, onde assume outro formato. A provocação e o confronto com os passantes na via urbana, da lugar ao movimento da mata com sua diversidade de plantas e animais.

Um desafio está proposto. Que árvores habitar? Muitos fatores influenciam na viabilidade em habitar uma árvore. O tamanho, as ramificações dos galhos, a saúde da árvore, o local onde se encontra. Como não há utilização de redes, cordas ou estruturas que sirvam de suporte para o corpo, há necessidades estruturais específicas.

Na mata atlântica, um dos biomas de maior biodiversidade, há muitas árvores, a grande maioria de copas muito altas, com ramificações concentradas nas extremidades. Estas por seu grande porte, dificultam a subida e a permanência do corpo.

As vezes me pergunto se sou eu quem escolhe as árvores ou se sou escolhido por elas.

Além de fatores técnicos, há também a perspectiva visual do ambiente, a luz, a fotografia e todo o conjunto que compõe a estética do trabalho.

A melhor árvore que encontrei está a beira de uma estrada de terra, e ao lado há um poste de luz e fiação elétrica. Como há uma transposição da performance da cidade para a mata, o poste aparece como elemento de ligação entre o habitat natural e a intervenção humana.

Após uma semana de ambientação na ecovila, seguem as primeiras ações. A residência tem duração de um mês.
Em breve seguem os relatos.

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